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Quando podíamos imaginar que dentro de uma escola brasileira haveria barbáries, assassinatos tão cruéis? O que vem acontecendo com nossos jovens? Quais estímulos estamos lhes oferecendo para proporcionar uma vida saudável emocionalmente, psicologicamente?  Já ouviu falar em “Jogos Cooperativos, CNV (Comunicação Não Violenta), Musicooperação, Mediação de Conflitos, Danças Circulares Sagradas?” Pois é: o professor Márcio Tubarão traz a nossos leitores algumas provocações, sugestões, reflexões sobre a cultura de paz que deveríamos desenvolver nas escolas (e, acredito eu, também nos lares).  Para degustar este texto, trazemos também uma provocação: a “Fábula dos Dois Lobos” (dos índios Cherokee) diz que temos dentro de nós dois lobos: o do bem e do mal que lutam constantemente entre si. Um deles vai crescer e se desenvolver plenamente, e será aquele que alimentarmos. Qual deles você vai alimentar?

Professora Renata Saggioro Silva

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Trouxemos aos leitores algumas reflexões e inquietações, sobre a escola que queremos e que visualizamos atualmente. É uma escola que promove momentos de partilhas, aprendizados, conteúdos significativos, novos conhecimentos, amizades, desenvolvimento, novos ciclos e muita socialização entre a comunidade escolar?

Espero de coração que sim, que a escola sempre seja um lugar acolhedor, que promova a cooperação, o diálogo, o respeito mútuo, que valorize as diferenças e que inspire o trabalho em equipe, essa é a escola que acredito e que penso ser um lugar, de fato, transformador.

Para termos a escola que acolhe e promove uma educação humanizada, é importante e necessário pensarmos cada dia mais em uma CULTURA DE PAZ NA EDUCAÇÂO. Sabemos, infelizmente, que a escola não é uma ilha que se isola dos problemas sociais que assombram nosso país e nosso planeta. Individualismo, consumismo desfreado, violência nos mais diversos níveis, uma massificação de notícias ruins e, também, uma escola que somente valoriza o conteúdo técnico ao humano.

Os desafios para a implementação efetiva de uma cultura de paz na educação são muitos e isso, de fato, é uma realidade. No entanto, podemos caminhar rumo a transformação efetiva de uma realidade competitiva e excludente para uma realidade mais cooperativa e inclusiva, parece ser um SONHO? Talvez, mas como diz um grande inspirador de sonhos, Augusto Cury: “...Os sonhos não determinam o lugar aonde vamos, mas produzem a força necessária para nos tirar de onde estamos...”

Nesse Sentido, Pierre Weil, uma referência quando o assunto é a PAZ, indica que um ótimo caminho para uma relação mais humanizada na educação é uma formação docente que proponha trilhas e percursos colaborativos. Dessa maneira, é preciso formar mestres da nova época, e para isso é necessário que o professor também esteja disposto a buscar sua paz interior, para assim, irradiá-la no contexto escolar, tarefa fácil? Certamente não, no entanto, é necessário caminhar rumo a mudança.

Na busca desse sonho se tornar o mais real possível, para contribuir e, de alguma forma incentivar nossos leitores, profissionais ou não da educação, proponho alguns caminhos pautados nos meus estudos, experiências e trilhas colaborativas. Na Cultura de Paz e na Educação, um grande estudioso e ativista da paz, Leandro Uchoas, do Instituto Shanti Brasil, menciona “as tecnologias de convivência como estratégias necessárias e essências nessa trilha da cooperação”, já um outro mestre e referência nacional do tema, Fábio Brotto, apresenta como processos da Pedagogia da Cooperação, enfim, mas afinal o que são essas Tecnologias de convivência ou Processos da Pedagogia da Cooperação?

São estratégias, ferramentas, caminhos para uma educação mais humanizada e uma sociedade mais cooperativa, algumas delas: Jogos Cooperativos, CNV (Comunicação Não Violenta), Musicooperação, Círculos Restaurativos, O Lúdico e a Cooperação, Mediação de Conflitos, Danças Circulares Sagradas, entre outros. 

Em próximo texto, pretendo apresentar um pouco da história de cada um dos processos citados acima, mas neste texto, irei citar o que todos eles possuem em comum.

Esses processos cooperativos mencionados acima possuem características e objetivos semelhantes, no qual ‘o outro joga e participa junto’, possibilitando valores como empatia, respeito mútuo, solidariedade, compaixão, amizade, carinho e muita cooperação. Sendo assim, faz com que a pessoa aprenda a se colocar no lugar do outro, e não priorizar apenas o seu lado.

De forma geral, necessitamos de estratégias e caminhos para a inserção efetiva de uma cultura de paz efetiva no ambiente escolar, é fundamental e essencial rompermos os paradigmas competitivos e destrutivos presentes em nossas escolas. Efetivar e construir uma cultura da paz envolve dotar as crianças e os adultos de uma compreensão dos princípios e respeito pela liberdade, justiça, democracia, direitos humanos, tolerância, igualdade e solidariedade, não é um caminho fácil, mas como diz Terry Orlick, um dos percursores e idealizadores dos Jogos Cooperativos: “É de nosso próprio interesse, individual, ou coletivo, ajudar os outros a se tornarem mais positivos, atenciosos e cooperativos”.

Amigos e amigas, queridos leitores: espero que esse texto, de alguma forma, tenha tocado os corações de vocês e possa ser, em certa medida, um grande combústivel impulsionador de uma viagem humana, solidária, cooperativa e de muitossss SONHOS! Vamos sonhar juntos e juntas?

Abraços de Paz e até um próximo texto cooperativo.

PRA CIMA!!!

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Professor Márcio Tubarão

Mestre em Educação

Especialista em Pedagogia da Cooperação e Jogos Coooperativos, Recreação e Lazer e Gestão Públca.

Palestrante e Professor de Pós-Graduação

Professor de Educação Física e Pedagogo

Gestor Educacional, Palestante e Professor Universitário

Atua com o lúdico, cooperação e educação desde 2007

Autor do livro: A cooperação e a psicomotricidade na Educação Infantil e do CD: Professor Márcio Tubarão – cantando e cooperando

Coodenador e Idealizador da Pós-graduação em cooperação e cultura de paz da FAUSP

APAIXONADO PELA VIDA E UM SONHADOR

Contatos:

Instagram: Professor Márcio Tubarão

Youtube: Professor Márcio Tubarão

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SAIBA MAIS EM:

JCDattoli. A Fábula dos dois lobos.

Disponível em  https://obemviver.blog.br/2015/03/23/a-fabula-dos-dois-lobos-qual-deles-voce-quer-alimentar-reflexao/ Acesso em 17 mai 2023

TUBARÃO e JUNIOR, Márcio e Noboro Itu. A cooperação e a psicomotricidade na Educação Infantil. Grupo Editorial Scortecci, 2019.

Imagens: acervo pessoal professor Márcio Tubarão

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