Representação de Deus em A Criação de Adão, de Michelangelo / Crédito: Reprodução
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Uma amiga linda e poderosa postou um texto incrível nas suas redes sociais. Eu apresentei a algumas pessoas que gostaram, outras “torceram o nariz”. Uma delas disse: “Coloca seus joelhos no chão e ora a Deus, que resolve”. Fiquei espantada com tamanho PRECONCEITO (pré-conceito, já que a pessoa nem leu o texto até o final, se recusou a ler), mas fui refletir sobre os ensinamentos e conhecimentos milenares postados pela empresária, terapeuta e empoderada Magda Nogueira. Claro que orar, rezar faz parte também (jamais menosprezando a fé ou estratégia de ninguém), mas entendo que, quando se tem boas intenções, há de se fazer tudo de melhor, não importa a religião, a origem histórica da ação. É dessa origem que quero filosofar com vocês: dos nossos antepassados e seus conhecimentos tão ricos que nos ensinaram, com relação a fé.
Professora Renata Saggioro Silva
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Jesus veio trazer conhecimento, reflexão, amor e paz. Mas lembremo-nos que antes dele vieram muitos outros, ele não foi o primeiro nem o único. Ele foi um “marco” na história mundial da fé, tanto que aqui no ocidente contamos o tempo (calendário) a partir de seu nascimento. Porém, quero retomar que antes dele, existiram muitos outros sábios e sábias, conhecedores e conhecedoras das boas e más energias do universo, da fé, das divindades, da luz, da paz de espírito e do amor, pessoas comuns, mortais: nossos ancestrais, nossos antepassados.
Nossa humanidade tem muito mais de 10 mil anos, comprovados via escavações arqueológicas que o ser humano viveu nesta Terra todo esse tempo. Então, durante todo esse período, as pessoas tinham suas maneiras de conduzir a vida e tentar fazê-la melhor (fossem com rituais, com música, com dança, com rezas...). Faziam isso criando, imaginando, exaltando deuses e deusas. Na Índia, muitas divindades (misturando-se homens com animais), depois na antiga Grécia, Roma e Egito traziam a força, sabedoria e esperança de poderosos deuses do amor, da prosperidade, da força, da morte...
Mas quero voltar com vocês antes ainda, bem antes, quando nem existiam deuses e deusas, nem religiões, nem Jesus Cristo. Pejorativamente, as pessoas denominaram (ainda hoje denominam) de povos de pagãos. Eram os conhecidos politeístas, indígenas, religiões folclóricas e étnicas e também a religião tradicional chinesa e as religiões tradicionais africanas. “A palavra "pagão" provém do latim paganus, cujo significado é o de uma pessoa que viveu numa aldeia, num dado país, um rústico. O uso mais comum da palavra no latim clássico era utilizado para designar um civil, alguém que não era um soldado. Em torno do século IV, o termo paganus começou a ser utilizado entre os cristãos no Império Romano, para se referir a uma pessoa que não era um cristão e que ainda acreditava nos antigos deuses romanos.”
Esse era o povo da época antes do cristianismo: nossos ancestrais mais longínquos que viveram nesse mundo: bisavós, tataravós, tantos outros que sofreram por nós, e que tanto devemos honrar (seu trabalho, sua história de vida, suas crenças e costumes). São os que tinham a fé no coração, os pés no chão, que cuidavam de suas raízes, de sua terra e água, que estendiam os braços para seus frutos (os filhos), transmitindo conhecimento, na esperança de dias melhores.
Eram esses ancestrais e, mais especificamente as mulheres quem cuidavam da paz e do amor no lar, na vida, que usavam a medicina natural das ervas e alimentos para a saúde dos seus e da comunidade. Curavam, com o calor de suas mãos, as ervas aquecidas e os bons pensamentos: as doenças do corpo, alma e coração. Utilizavam-se de cantigas, lamentos, rezos, palavras de evocação da luz divina advinda da natureza. Usavam suas sagradas mãos pra todo esse preparo, faziam os escalda pés para os cansados (assim como fez Jesus, depois, com lava-pés aos humilhados), o que provavelmente aprendera com sua mãe.
Hoje temos a divisão da fé em religiões, que criam leis humanas para interpretar os ensinamentos e acabam por desvalorizar, desconsiderar, apagar, minimizar ou marginalizar esses ensinamentos. É um preconceito extremo, pré-julgamentos com relação às estratégias de nossos antepassados. A falta de conhecimento dessa origem primitiva traz repulsa ao que deveria ser naturalmente considerado amor, fé através de conhecimentos, lições, ao que deveria ser exaltado, multiplicado, compartilhado.
Nesse tempo, antes das religiões, que o conhecimento era transmitido oralmente, na prática. As mães, avós, bisavós cantavam para alegrar, para espantar a insônia ou os maus espíritos, entoavam melodias para unir, brincar e ser feliz (com seus filhos ou sua comunidade). Queimavam, no fogo, as mágoas e tristezas físicas, espirituais, valorizavam o contato com a terra e os pés no chão na energia física potente das plantas, da terra e das águas.
Quando foi que perdemos isso? Essa maneira de se conectar ao nosso mais profundo eu? Valorizemos nossas raízes, nossas ancestrais e suas sabedorias milenares rústicas, simples, naturais, sinceras, verdadeiras, autênticas, e que muito bem funcionam. (vejam bem que a base da medicina atual vem das plantas, ervas).
Vejo hoje, com tristeza, extremistas fervorosos, religiosos radicais, que não conseguem se “abrir” para olhar para o outro, preocupados com as regras e interpretações criadas pelo homem, por homens, por instituições. Vejo humanos destruindo humanos (física, emocional, psicologicamente), que resistem e insistem que apenas um caminho pode ser o certo, pode dar certo ou pode ser verdade. Tantas crenças limitantes.
É triste, pois este nosso mundo é tão vasto, tão iluminado, tão sagrado... existem tantos caminhos para a verdade e a vida...
Fica a dica: leia, ouça o que outro ser humano diz, escreve. Reflita antes de aceitar tudo. Pergunte-se de onde surgiu essa afirmação ou norma, absorva as palavras que lhe fazem bem, busque o que cada ação pode te trazer de bom. Seja curioso, investigativo, isso é qualidade.
Duvide, questione, aceite algumas coisas, não tenha certeza de tudo, mas RESPEITE TUDO. Outros caminhos também podem ser bons pra nossa vida, nosso aprendizado, nossa evolução enquanto seres humanos. Então, delicie-se com o texto da minha amiga e aproveite tudo de bom que ele pode lhe oferecer. Mal não vai fazer.
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Dicas para seu lar
É super importante manter a casa sempre limpa, mas após a limpeza ou faxina da semana li a energia da casa. Faça uma defumação com ervas, ou palo santo por exemplo, ou passe um pano com anil em toda casa.
Após isso cuide do equilíbrio Energético do seu lar. As energias do ambiente em que vive devem estar em equilíbrio para fluir a vida como um todo.
A energia da casa inclui o quintal, varanda, lavanderia, então leia as dicas com atenção e dê aquela geral na sua ???? casa.
1- Papel higiênico acumulado no seu banheiro, aumenta as larvas astrais e forma um ponto de sombra na sua casa. Descarte todos os dias.
2- Roupas e gavetas desarrumadas trazem energia de desorganização para a vida, dificultando a realização de metas e objetivos. Arrume toda semana.
3- Não deixe alimentos se estragando na geladeira. Melhor ela vazia do que acumulando energia de putrefação. Atrai escassez para sua casa. O universo entende que se está estragando, está sobrando.
4- Procure manter sempre limpo e livre, as portas e janelas da sua casa. Aproveite e coloque símbolos positivos para que a energia circule à vontade.
5- Contas pagas podem ficar visíveis, e quando olhar, o faça com gratidão, já as contas a pagar, devem ficar guardadas.
6- O fogão é a cabala (parte sagrada) da sua casa, um ponto de prosperidade extremamente importante, portanto, deve estar sempre limpo, e em perfeito funcionamento. Quando não estiver em uso, enfeite com flores e frutas.
7- Conserte vazamentos, goteiras e mantenha ralos e tampas de vaso sanitário sempre fechados. Por esses pontos, a energia da prosperidade de esvai.
8- Toda semana livre-se daquilo que não usa, principalmente na cozinha. Um exemplo básico são aquelas cestas básicas que funcionários recebem, e acabam acumulando alimentos que não usa. Doe... Também não deixe lixo ser acumulado na cozinha, principalmente naquelas lixeiras em cima da pia.
9- Tenha mais plantas em casa, atrai a energias dos elementais, mais vida e alegria, porém, plantas espinhosas devem ficar do lado de fora, na varanda ou quintal.
10- Para manter uma energia positiva e harmonia no seu quarto, se tiver um companheiro(a), procure ter objetos de decoração sempre em número par. Ex: dois vasinhos com violetas, dois porta-retratos, etc.
11- Livre-se de coisas quebradas e queimadas. Ex: lâmpadas, espelhos, tampas, portas, utensílios domésticos...
Por fim, uma dica importantíssima:
Terminou tudo...agora cuide da sua energia...faça um banho de ervas para você, um escalda pés, escolha aquele local da casa que mais gosta e descanse, use cristais no ambiente, acenda um incenso, coloque uma música relaxante e respire profundamente. Vibre positivamente, deseje muita alegria para ti e tua casa
Magda Nogueira
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QUER SABER MAIS?
Escalda pés – Benefícios. Disponível em https://stealthelook.com.br/escalda-pes-o-que-e-como-fazer-e-quais-os-beneficios/#:~:text=O%20escalda%2Dp%C3%A9s%20%C3%A9%20uma,e%20limpar%20profundamente%20os%20p%C3%A9s.
CAVALCANTE, Rodrigo. DEUS: A FIGURA QUE MUDOU A HISTÓRIA DO MUNDO. Há aproximadamente 4 mil anos, a ideia de um Deus único e poderoso mudou a história das civilizações. Saiba, enfim, como foi criada a imagem do criador – disponível em https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-origem-deus.phtml
Paganismo. Disponível em https://pt.wikipedia.org/wiki/Paganismo
Cabala. Disponível em https://www.significados.com.br/cabala/
Elementais. Disponível em https://luzdaserra.com.br/artigos/seres-elementais-ou-elementares-ou-espiritos-da-natureza
BEZERRA, Juliana. Mandalas. Disponível em https://www.todamateria.com.br/mandala/
Imagem 1: Representação de Deus em A Criação de Adão, de Michelangelo / Crédito: Reprodução. Disponível em https://aventurasnahistoria.uol.com.br/noticias/reportagem/historia-origem-deus.phtml
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