O vereador Adrilles Jorge (União Brasil) protocolou na Câmara Municipal de São Paulo-SP um projeto de lei que cria, dentro dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps), um programa de reintegração ao mercado de trabalho para pessoas em processo de reabilitação de dependência química. O texto 339/2025 contrapõe a proposta do deputado Eduardo Suplicy (PT-SP), que cria salas para uso supervisionado de drogas, como o crack, no estado.
De acordo com a propositura de Adrilles, o município deverá fornecer apoio psicossocial e profissional a quem está em fase de remissão do vício, para que o ex-dependente recupere a autonomia e a autoestima, e se reintegre à sociedade e ao mercado de trabalho. Ficará a cargo do Poder Executivo paulistano oferecer de graça serviços que auxiliem neste processo, como acompanhamento psicológico, além de orientação e capacitação profissional.
O programa de reintegração ao mercado de trabalho será coordenado por uma equipe multidisciplinar da Prefeitura de São Paulo, composta por assistentes sociais, orientadores vocacionais, médicos, psicólogos e demais especialistas no acolhimento de dependentes químicos. Segundo Adrilles, o suporte deve ser integral e contínuo, tendo como finalidade preparar o viciado em processo de remissão para ter uma ocupação:
"Além de repudiar, veementemente, o projeto de lei do deputado Eduardo Suplicy (PT), proponho a reintegração dos dependentes na sociedade. Ou seja, em vez de incentivo ao uso de drogas, defendo o tratamento contra a dependência e a reinserção profissional do cidadão. Trabalho é o que concede sentido à vida. É dignidade! A solução contra o uso de drogas passa pelo trabalho. A esquerda, por meio de figuras como Suplicy e padre Júlio Lancellotti, quer tornar legal espaços para as pessoas se drogarem à vontade. Isso é o fim do mundo", reforça o vereador do União Brasil.
Depois de apresentado, o projeto de lei 339/2025, de Adrilles Jorge, passará por avaliação das Comissões Permanentes da Câmara de São Paulo e, em caso de aprovação, será votado em Plenário.
R$ 1,2 milhão
O projeto de lei 176/2025, de Suplicy, prevê a criação no estado de São Paulo de "Espaços de Uso Seguro de Substâncias Psicoativas", para que, qualquer pessoa faça o uso de substâncias como álcool, maconha e até crack, livremente. A proposta custaria R$ 1,2 milhão ao ano, aos cofres públicos.
Para Adrilles, a medida do parlamentar petista representa "retrocesso e desrespeito às famílias paulistas":
"Enquanto milhões de famílias no estado lutam por melhores condições na Saúde, na Educação e na Segurança Pública, a esquerda insiste em conceder privilégios a quem está à margem da legalidade. Mais do que nunca, nossa proposta é necessária, para recuperarmos dependentes que querem se livrar do vício e serem reintegrados à sociedade", conclui.