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Deputada quer desburocratizar importação de medicamentos para doenças raras

Proposta de Rosana Valle (PL-SP) permite que remédios venham para o Brasil sem a necessidade de registro prévio na Anvisa; medida visa garantir acesso mais rápido de brasileiros a tratamentos

Por: Redação
03/07/2024 às 17h26 Atualizada em 03/07/2024 às 21h58
Deputada quer desburocratizar importação de medicamentos para doenças raras

A deputada federal Rosana Valle (PL-SP) protocolou um projeto de lei que desburocratiza a importação de medicamentos para uso individual e que tenham prescrição médica. A proposta dispensa o prévio registro no Ministério da Saúde caso os remédios já tenham homologação de órgãos sanitários da União Europeia (EMA), do Japão (PMDA) ou dos Estados Unidos (FDA). A medida visa garantir a brasileiros o acesso mais rápido a tratamentos, principalmente de doenças raras.

A proposta da parlamentar do PL-SP considera que medicamentos já autorizados por agências sanitárias estrangeiras de ponta podem ter seu processo de compra agilizado no Brasil, o que deve conceder benefícios significativos para pacientes do sistema de Saúde do País, seja público ou privado:

“É importante reconhecer que agências como a FDA, dos Estados Unidos, a EMA, da União Europeia, e a PMDA, do Japão, têm padrões rigorosos de avaliação de medicamentos, garantindo, assim, segurança, eficácia e qualidade. Confiar na homologação delas é uma forma de agilizar o acesso de brasileiros a tratamentos já amplamente testados e utilizados em outros países”, considera Rosana. 

Além do tempo, a dispensa de homologação pode reduzir os custos do processo de registro de novos remédios no Brasil, incentivando a entrada de mais opções terapêuticas no mercado nacional:

“Potencialmente, os preços caem, o que é fundamental num País onde o acesso a tratamentos, muitas vezes, é limitado devido aos altos custos”, complementa Rosana, que também é presidente da Executiva Estadual do PL Mulher de São Paulo. 

Na prática, a proposta da deputada defende que brasileiros com doenças raras tenham acesso mais ágil a medicamentos já disponíveis e utilizados em outros países e consigam, assim, controlar e tratar patologias graves e raras, como distrofias musculares, síndromes congênitas e degenerações neurais.

De acordo com o Ministério da Saúde, 1,3 brasileiros para cada 2 mil indivíduos são acometidas por doenças raras, o que perfaz cerca de 13 milhões de pessoas. Estima-se a existência no País de cerca de 8 mil tipos, sendo a maioria crônica e que pode levar à morte: 

“Muitos pacientes brasileiros morrem na espera pelo dia em que o governo vai homologar um novo tratamento e autorizar sua importação para o Brasil, via Anvisa. Isso precisa ter fim”, reforça Rosana.

Ao reconhecer as homologações de países com padrões reconhecidos globalmente, a Anvisa e o Ministério da Saúde ainda mantém o papel de supervisão e de monitoramento dos fármacos importados, para que os mesmos continuem atendendo aos requisitos de qualidade e de segurança estabelecidos em sua nação de origem, segundo a avaliação da bolsonarista.

Depois de protocolado, o projeto de lei de Rosana será avaliado nas Comissões Permanentes e, caso necessário, será submetido ao Plenário da Câmara dos Deputados, antes de ser enviado ao Senado Federal.

 

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